sexta-feira, 17 de julho de 2009

Seja capaz de se recuperar

Quanto tempo você passa remoendo o que acontece de ruim? Há gente que leva meses, anos e não consegue aceitar ou reagir a fatos negativos. Em contrapartida, outras pessoas têm uma incrível capacidade de se recuperar rapidamente. Elas têm resiliência.Se você não é resiliente, comece a desenvolver essa atitude, pois isso pode melhorar muito a sua vida. Recentemente, numa palestra da ExpoManagement, promovida pela HSM, Patrick Sweeney disse que ao realizar uma pesquisa sobre as qualidades que os líderes gostariam de ver em seus funcionários, as duas respostas que mais apareceram foram otimismo e resiliência. Patrick contou a história de Muggsy, um menino de uma periferia que com apenas 1,60m de altura sonhava em ser jogador de basquete. Apesar de diversas tentativas frustradas, ele se tornou um grande astro da NBA fazendo, inclusive, ótimas apresentação ao jogar contra Magic Johnson. Muggsy, segundo Patrick, sempre foi muito resiliente. As pessoas com resiliência têm uma maneira especial de encarar as rejeições, conseguem superar-se e, principalmente, aprender com as experiências negativas. Patrick escreveu, junto com Herb Greenberg, o livro o Sucesso tem Fórmula?, no qual explicam quais características e atitudes fazem a diferença para conseguir sucesso. Quando abordam a resiliência, afirmam que as pessoas com essa característica sentem a dor de não poder prosseguir; insistem e tendem a se recriminar, mas, depois, se armam de determinação, libertam-se dos sentimentos negativos e entendem que precisam prosseguir.Seja capaz de dar a volta por cima. Independente de você estar vendendo, relacionando-se com alguém ou buscando a realização de um sonho, sempre passará por rejeições e dificuldades. O seu grau de felicidade dependerá de como você lidará com o sofrimento. Motive-se! Um grande abraço!

A arte de gostar de mulher

Ainda nos meus tempos de graduação em jornalismo na Uerj, fui assistir a uma palestra do fotógrafo André Arruda, que foi do JB, Globo e trabalhava, entre outras coisas, com moda. Em determinado momento da palestra ele relatava a sua experiência em fotografar nu artístico e soltou a seguinte frase: "para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher". Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou. – Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso – afirmou. O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher são necessários outros requisitos que são raros. Por isso a mulherada anda tão insatisfeita. Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la a cada dia, não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente. Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta o lhe aconteceu no seu dia, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso. Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Enviar flores para o seu trabalho sem nenhum motivo a não ser o de mais tarde, ver seu sorriso; é de madrugada, quando por qualquer motivo os dois acordam, dizer "eu te amo".O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele "comeu" durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, leves e indeléveis, na cama e na vida. O homem que gosta de mulher, não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo e, é claro, da personalidade. "Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro", afirmou Vinícius de Morais no poema...Para viver um grande amor. Para amar verdadeiramente uma mulher o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar e principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher. Conquistar o corpo e a alma de uma mulher, é algo tão gratificante que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, da atenção, do cuidado, do amor e em última instância, do impenetrável universo feminino. Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas, e sim, deixá-las livres, admirá-las em sua insuperável liberdade. Uma das músicas com que mais me identifico, é uma em inglês - por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a Have you really loved a woman? do cantor Bryan Adams.
A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dar-lhe apoio, para amar realmente uma mulher. Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora, gostar de mulher é dificílimo.
Além da sensibilidade, intuição e percepção, precisa ser macho de verdade para isso. Quem se habilita?

O traje da alma

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e, de forma ríspida, pergunta: - Vocês sabem onde está o médico do hospital? Com tranqüilidade o médico respondeu: - Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil?! Ríspida, retorquiu: - Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico? Mantendo-se calmo, contestou: - Boa tarde, senhora! O médico sou eu, em que posso ajudá-la?! - Como?! O senhor?! Com essa roupa?!... - Ah! Senhora! Desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta.. . - Oh! Desculpe doutor! Boa tarde! É que... Vestido assim, o senhor nem parece um médico... - Veja bem as coisas como são - disse o médico - as vestes parecem não dizer muitas coisas, pois quando a vi chegar, tão bem vestida, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um "boa tarde!”. Um dos mais belos trajes da alma é a educação.
Bastam, às vezes, apenas 5 minutos de conversa para que o ouro da vestimenta se transforme em barro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Decepção não mata, ensina a viver.

Quem não passa por uma decepção, ou melhor, por várias decepções, na vida? A vida quase nunca é como gostaríamos que fosse, como esperamos, como sonhamos. Muitas vezes, nos decepcionamos com as pessoas, com um amigo, com alguém de quem gostamos. Mas isso não é o fim do mundo. Se alguém a decepcionar, se uma coisa com a qual você sonhou não se realizar, não se deixe abater. Use isso como uma lição para o futuro e, quem sabe, na próxima vez, a decepção não será tão grande.
Beijos!Anitta...

O empurrão

A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho.
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões. Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? - Pensou ela.
O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?
Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final: o empurrão.
A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.
Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia. O empurrão era o melhor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.
Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!
Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

Anitta...descubram suas asas com sabedoria e alegria

Poema de um aluno da APAE

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver, Se a vida às vezes parece de mim esquecer? Procuro em todas, mas todas não são você. Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.. Mas às vezes você parece me ignorar, Sem nem ao menos me olhar, Me machucando pra valer. Atrás dos meus sonhos eu vou correr. Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.. Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê? Será que esse mundo tem jeito? Esse mundo cheio de preconceito. Quando estou só, preso na minha solidão, Juntando pedaços de mim que caíam ao chão, Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou. Talvez eu seja um tolo, que acredita num sonho. Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor. Para carregar junto ao peito, E crer que esse mundo ainda tem jeito. E como príncipe sonhador... Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.' PRÍNCIPE POETA (Alexandre Lemos - APAE) Este poema foi escrito por um aluno da APAE, chamado, pela sociedade, de excepcional.. Excepcional é a sua sensibilidade!
Ele tem 28 anos, com idade mental de 15 e peço que divulguem para prestigiá-lo. Se uma pessoa assim acredita tanto, porque as que se dizem normais não acreditam?

Vale a pena ler e mudar um pouquinho a sua vida...

Em abril, Maya Angelou foi entrevistada por Oprah Winfrey na passagem de seu aniversário, mais de 70 anos.Oprah perguntou o que ela sentia diante da velhice que chega.Resposta: 'animada'.Comentando as mudanças no corpo, disse que há muitas, a cada dia. Como os peitos, que estão competindo um com o outro para ver qual chega primeiro à cintura.A platéia riu de chorar.Uma das grandes vozes do nosso tempo, Maya Angelou é uma mulher simples, direta, cheia de sabedoria...Alguns exemplos:Aprendi que aconteça o que acontecer, pode até parecer ruim hoje, mas a vida continua e amanhã melhora.Aprendi que dá para descobrir muita coisa a respeito de uma pessoa observando-se como ela lida com três coisas: dia de chuva, bagagem perdida, luzes de árvore de Natal emboladas.Aprendi que, independentemente da relação que você tenha com seus pais, vai ter saudade deles quando se forem.Aprendi que 'ganhar a vida' [making a living] não é o mesmo que 'ter uma vida' [making a life].Aprendi que a vida às vezes nos oferece uma segunda oportunidade.Aprendi que a gente não deve viver tentando agarrar tudo pela vida afora; tem que saber abrir mão de algumas coisas. Aprendi que quando decido alguma coisa com o coração, em geral vem a ser a decisão correta.Aprendi que mesmo quando tenho dores, não tenho que ser um saco..Aprendi que todo dia a gente deve estender a mão e tocar alguém.As pessoas adoram um abraço apertado, ou mesmo um simples tapinha nas costas.Aprendi que ainda tenho muito que aprender.Aprendi que as pessoas esquecem o que você diz, esquecem o que você faz, mas não esquecem como você faz com que se sintam.Mande este texto para cinco mulheres fantásticas ainda hoje.Com isso, uma coisa vai acontecer: alguém vai se sentir bem.Maya Angelou é poeta, educadora, historiadora, atriz, escreve peças de teatro, ativista de direitos humanos,etc etc etc

Decisão pela vida


No último fim de semana de maio de 1995, o ator Christopher Reeve, mais conhecido como o super homem, participava de uma competição hípica e sofreu uma queda. Seu corpo, de 1.93m e 97 quilos, aterrizou de cabeça, quebrando as duas vértebras cervicais superiores. Quando o médico lhe disse que deveria passar por uma delicada cirurgia e que talvez não sobrevivesse, ele pensou em morrer. Não seria melhor? Afinal, pouparia a todos um monte de problemas. A vida se tornou difícil. Quando a família e os amigos chegavam ele se sentia feliz. Mas quando todos iam embora e ele ficava ali, sozinho, deitado, olhando para as paredes, sentia-se muito triste. Imóvel, conseguia adormecer e sonhar. Sonhar que estava de novo cavalgando, representando. Ao acordar, verificava que nada mais daquilo poderia fazer. Sua esposa, com quem se casara há três anos, entrou um dia no quarto do hospital e lhe falou: "quero que você saiba que estarei com você até o fim, não importa o que aconteça. Você ainda é você e eu o amo." Ele moveu os lábios, respondendo: "isso está muito além dos votos do casamento: na saúde e na doença." Naquele dia ele decidiu que viveria. Dias depois, seu filho de três anos também lhe trouxe novas esperanças. Ele brincava no chão quando de repente olhou para cima e disse: Mãe, o papai não mexe mais os braços. Sim, concordou, a mãe. É verdade. E o papai não pode mais correr, continuou a criança. A mãe tornou a concordar. Então o garoto fez uma pausa, franziu o rosto como se estivesse se concentrando e disse alegre: mas papai ainda pode sorrir. Isso fez com que o ator decidisse definitivamente não partir. Ele viveria. Aprenderia a respirar sem o auxílio da máquina. Viveria, mesmo que fosse para sempre em uma cadeira de rodas, sem se mover. Ele tinha uma família. E esta família o amava. Recentemente, teve oportunidade de narrar para uma revista: "estou feliz por ter decidido viver. Os que estão próximos a mim também se sentem felizes. Em novembro de 1995, no dia de ação de graças, fui para casa passar o dia com minha família pela primeira vez desde o acidente. Quando revi nossa casa, solucei, enquanto dana, minha esposa, me abraçava. No jantar, cada um de nós disse algumas palavras sobre o que estávamos agradecendo. Quando chegou a vez do pequeno de três anos, ele disse simplesmente: papai. *** A família é de grande importância para o homem. O amor é o poder criador mais vigoroso de que se tem notícias no mundo. Seu vigor é responsável pelas obras grandiosas da humanidade. Num lar, onde reina o amor, todas as dificuldades podem ser superadas, porque este sentimento impulsiona o indivíduo para a frente e se faz refúgio para a vitória sobre todos os percalços.

Passeio Socrático


Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável. É próprio do humano -e nisso também nos diferenciamos dos animais-, manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico. A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela. Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós". O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão. Para o povo maori da Nova Zelândia, cada coisa, e não apenas as pessoas, tem alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígine cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um vinho guardado na adega, uma jóia? Assim como um objeto se associa ao seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista; a gata borralheira transforma-se em Cinderela... Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade. Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela, mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc. Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira. Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maior que a sedução" -diz Jean Baudrillard- "nem mesmo a ordem que a destrói". E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja. Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".
O Pai Celestial é o nosso refúgio e a nossa fortaleza,
auxílio sempre presente na adversidade.”
Salmo 46:1

Você já sentiu aquela necessidade de fugir de tudo?
Jesus também passou por esta situação. (Marcos 1:35)
Já aconteceu de ter tantas coisas a fazer a ponto de não encontrar tempo nem para parar e comer?
Ele sabia bem o que era isso. (Marcos 6:31)
Seus amigos já deixaram você na mão?
Quando Jesus precisou de ajuda, seus amigos caíram no sono (Mateus 26:40).
Mas quando você recorrer à ajuda do Pai Celestial, Ele vem correndo em seus auxílio.
Sabe por que Ele faz isso?
Porque sabe como você se sente.
Jesus passou pelas mesmas situações.
Portanto, chame-o quando precisar.
Ele vem... por te amar de maneira incondicional.
Anitta...beijos no coração!!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Problema

Um certo pensamento pode nos ocorrer de vez quando: “não seria maravilhoso se não tivéssemos nenhum problema?”. Puro engano!...Somos designados a resolver problemas e a encontrar novas maneiras de fazer as coisas. Os problemas são uma parte inerente ao universo e nos obrigam a aprender, a experimentar e a superar nossas desvantagens. Os cães não são grandes solucionadores de problemas. Um cão consegue as coisas de uma maneira mais fácil, Um porco, então, leva uma vida mais tranqüila. Mas quem quer ser um porco?
O detalhe mais incrível em ser humano é que você experimenta muito mais coisas. Você pode criar algo do nada. Porcos não compõem música. Cães não montam empresas. O “pacote turístico” que acompanha a viagem de um ser humano envolve problemas, mas também significa ter a chance de amar, de rir, de chorar, de tentar, de se levantar e cair, e de se levantar novamente.
O pensador otimista diz que um problema é simplesmente uma oportunidade para aprender. Isso pode até soar como um velho clichê, mas existe uma grande dose de bom senso nessa filosofia: os bebês e as crianças tendem a viver por meio dela. Bebês com 10 meses de idade vêem tudo como um desafio: a chance de fazer novos barulhos, a oportunidade de aprender a pegar e atirar coisas, o divertimento em jogar longe o que estão comendo... Para eles, a vida é uma fascinante jornada de descobertas. As crianças se atiram na vida com um lindo entusiasmo descuidado – seja “voando” de bicicleta, correndo por escadas ou subindo e descendo de árvores!
Se você parar um pouco para pensar nisso, vai perceber que alguns dos maiores desafios que já enfrentou ocorreram nos seus primeiros anos de vida, quando você enfrentava os problemas de andar, falar, correr e assim por diante. E o que é melhor: você superou isso! Mas, de alguma maneira, esses corajosos usuários de fraldas podem se transformar em adultos tão medrosos e tímidos que até mesmo as menores tarefas passam a ser encaradas como monstros indomáveis...
Em poucas palavras: os problemas existem e exigem um esforço extra de todos nós. E como Horácio disse: ‘A adversidade revela o gênio, a prosperidade o oculta’.

(Andrew Matthews, texto extraído do livro “Seja Feliz”)

Observar e pensar


O primeiro passo para aprender a pensar, curiosamente, é aprender a observar. Só que isso, infelizmente, não é ensinado. Hoje nossos alunos são proibidos de observar o mundo, trancafiados que ficam numa sala de aula, estrategicamente colocada bem longe do dia-a-dia e da realidade. Nossas escolas nos obrigam a estudar mais os livros de antigamente do que a realidade que nos cerca. Observar, para muitos professores, significa ler o que os grandes intelectuais do passado observaram – gente como Rousseau, Platão ou Keynes. Só que esses grandes pensadores seriam os primeiros a dizer "esqueçam tudo o que escrevi", se estivessem vivos. Na época não existia internet nem computadores, o mundo era totalmente diferente. Eles ficariam chocados se soubessem que nossos alunos são impedidos de observar o mundo que os cerca e obrigados a ler teoria escrita 200 ou 2.000 anos atrás – o que leva os jovens de hoje a se sentir alienados, confusos e sem respostas coerentes para explicar a realidade.Não que eu seja contra livros, muito pelo contrário. Sou a favor de observar primeiro, ler depois. Os livros, se forem bons, confirmarão o que você já suspeitava. Ou porão tudo em ordem, de forma esclarecedora. Existem livros antigos maravilhosos, com fatos que não podem ser esquecidos, mas precisam ser dosados com o aprendizado da observação.Ensinar a observar deveria ser a tarefa número 1 da educação. Quase metade das grandes descobertas científicas surgiu não da lógica, do raciocínio ou do uso de teoria, mas da simples observação, auxiliada talvez por novos instrumentos, como o telescópio, o microscópio, o tomógrafo, ou pelo uso de novos algoritmos matemáticos. Se você tem dificuldade de raciocínio, talvez seja porque não aprendeu a observar direito, e seu problema nada tem a ver com sua cabeça.Ensinar a observar não é fácil. Primeiro você precisa eliminar os preconceitos, ou pré-conceitos, que são a carga de atitudes e visões incorretas que alguns nos ensinam e nos impedem de enxergar o verdadeiro mundo. Há tanta coisa que é escrita hoje simplesmente para defender os interesses do autor ou grupo que dissemina essa idéia, o que é assustador. Se você quer ter uma visão independente, aprenda correndo a observar você mesmo. Sou formado em contabilidade e administração. A contabilidade me ensinou a observar primeiro e opinar (muito) depois. Ensinou-me o rigor da observação, da necessidade de dados corretamente contabilizados, e também a medir resultados, a recusar achismos e opiniões pessoais. Aprendi ainda estatística e probabilidade, o método científico de chegar a conclusões, e finalmente que nunca teremos certeza de nada. Mas aprendi muito tarde, tudo isso me deveria ter sido ensinado bem antes da faculdade. Se eu fosse ministro da Educação, criaria um curso obrigatório de técnicas de observação, quanto mais cedo na escala educacional, melhor. Incentivaria os alunos a estudar menos e a observar mais, e de forma correta. Um curso que apresentasse várias técnicas e treinasse os alunos a observar o mundo de diversas formas. O curso teria diariamente exercícios de observação, como: 1. Pegue uma cadeira de rodas, vá à escola com ela por uma semana e sinta como é a vida de um deficiente físico no Brasil.2. Coloque uma venda nos olhos e vivencie o mundo como os cegos o vivenciam. 3. Escolha um vereador qualquer e observe o que ele faz ao longo de uma semana de trabalho. Observe quanto ele ganha por tudo o que faz ou não faz. Quantas vezes não participamos de uma reunião e alguém diz "vamos parar de discutir", no sentido de pensar e tentar "ver" o problema de outro ângulo? Quantas vezes a gente simplesmente não "enxerga" a questão? Se você realmente quiser ter idéias novas, ser criativo, ser inovador e ter uma opinião independente, aprimore primeiro os seus sentidos. Você estará no caminho certo para começar a pensar. (por Stephen Kanitz, publicado na Revista Veja em 4 de agosto de 2004)-- Adrian